Espicaçando o Marketing

Em tempos bicudos, de transformações e mudanças, há que espicaçar. Quem pode espicaçar? Todos e cada um que tem um mínimo de discernimento do presente e sabem que à semelhança do que aconteceu com o Titanic, não tem sentido continuar tocando na orquestra.

terça-feira, maio 29, 2007

O Brasil só vai para frente com venda


Achei que o duplo negativo seria ruim para os ouvidos: o Brasil não vai para frente sem vendas. Achei melhor ao criar essa campanha, para ser lançada em âmbito nacional usar uma coisa mais positiva.

Mas e, o por que desse tema?

Em conversa com meu pai neste domingo, após o almoço, ele lembrou de seu falecido amigo Camargo Almeida. Era um vendedor nato! Não tinha senões, não tinha barreiras que não conseguisse transpor. Viajou pelo mundo afora e vendeu as coisas do Brasil e vendeu o próprio Brasil, como marca, como força, como procedência, como credibilidade.

Acho que o que falta no Brasil de hoje são mais empreendedores vendedores. Sim – há uma fila de gente querendo sair de seus empregos, para se transformar em empresários, mas não conseguem vender uma nota de R$10,00 por R$5,00! Que tipo de empreendedor será?

A história que ilustra bem a homenagem que quero prestar a esse grande vendedor de Brasil, Camargo Almeida, é o episódio dos abacates tropicais. Percebeu que os europeus não conseguiam fazer a famosa vitamina brasileira porque colocavam o fruto juntamente com o caroço dentro do liquidificador. Para resolver esse impasse, ele mandou colar uma ‘bula’ com instruções, na casca dos abacates.

Nada impedia o progresso de suas empreitadas. Com muita inteligência, ação e persistência ele alcançava seus objetivos. Percorreu o mundo vendendo frutas, alimentos, e coisas tropicais.
Creio que podemos abordar e analisar desafios e soluções empresariais por diferentes ângulos e perspectivas. Mas o mais importante de todos eles, é pela ótica das vendas. Pode-se diagnosticar, analisar e até estrategizar. Tudo tem seu valor e seu momento. Mas dê uma boa olhada no comercial e veja como a empresa está em comparação com o que deveria estar! Vendas é tudo!

Os mais sofisticados marqueteiros certamente torcerão o nariz. Insistem que vendas é uma coisa, e marketing outra. Se Drucker falou que Marketing é tudo, eu iria além e diria que Vendas é tudo. Daí que criei esse moto para uma campanha a ser levada ao ar e, com a criação de itens que vão gerar um clima legal para o movimento. Que tal adesivos para os pára-choques dos carros e caminhões? E bottons e cartilhas para serem distribuídos gratuitamente?
Tenho ouvido conselhos na rádio, e lido artigos para quem está desempregado ou quer trocar de emprego. Mas eu diria: abandone essas idéias e parta para vendas. Vendas é tudo!

Está querendo ganhar mais grana? Vá para vendas! Quer um emprego melhor? Vá para vendas. O bom vendedor não conhece crise, não conhece desemprego, não conhece um sonho que tenha sonhado e não tenha se realizado!

Pode rir, mas é verdade. O céu é o limite para quem vende. Se não tiver nada para vender, invente algo! Se o mercado interno estiver tumultuado, vá para exportação.

Se pudesse lhe dar um conselho, este seria: feche os olhos e mergulhe em vendas. Obedeça cegamente esse princípio - pois só assim terás progresso!

O Brasil, só vai para frente com venda!

quarta-feira, maio 16, 2007

Visões e poluição


A vista é bizarra. Pra quem está acostumado a percorrer as avenidas de Sampa - a terra que era da garoa e que nunca dorme, apenas ajusta seu ritmo - certamente vai estranhar. A maior cidade do país com seus logotipos, marcas e bandeiras ... cadê?

NO LOGO -

A uniformidade da paisagem - sem os grandes letreiros, luminosos e totens - é a causa dessa estranheza. São Paulo se tornou 'despoluída visualmente'. A cidade e seus habitantes fizeram uma incursão forçada nos têrmos defendidos por Naomi Klein em NO LOGO. A autora, jornalista canadense é uma radical. Posiciona-se mais à esquerda, e já nos idos 90 soltava o grito antiglobalização. Seus argumentos focam na tese que na briga pela construção de uma marca, não sobram vencedores. Muito investimento, espuma e quase nenhuma cerveja. É leitura obrigatória para os marqueteiros (de plantão e em folga).

Mesmo que não concordem de pronto, vale a pena ler. Pensar faz bem pra alma e pro trabalho.

POR TRÁS

Mas o que de fato está por trás (ou por baixo ) da decisão do prefeito Kassab ao banir do cenário a dita poluição visual. Não se está jogando fora o bebê juntamente com a água suja de seu banhinho?

À primeira vista (sorry), é uma decisão para se colocar ordem na casa. O índice de clandestinidade era alto, os bons literalmente pagavam e os maus propinavam. Mas como sempre acontece em nosso Brasil varonil, só com o radicalismo é que se chega ao meio termo. Ionesco do teatro do absurdo faria a festa.

A respeito disso, observou um amigo, que os legisladores são os principais culpados pelo molho com que se apimenta nossas leis. Exageram, já que sabem que não vão obter 100%. Assim caminha a humanidade (brasileira) com seus políticos esquisofrênicos.

AGUARDANDO

Somente o tempo dirá. Os formadores de opinião estão divididos. Resta solidariedade para aqueles que atuavam e efetivamente tinham negócios baseados na capital paulistana. Apesar de ter sido uma coisa local, a cidade em si representa praticamente sozinha boa parte do PIB nacional.

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segunda-feira, maio 07, 2007

Marketing de Guerra - 20 anos


Motivos pra comemorar? Talvez. São 20 anos do lançamento de um livro épico para marqueteiros e empresários que acompanhavam o Brasil amadurecendo politica e economicamente. O alerta dos ventos da globalização ainda não se faziam sentir. E toda novidade era motivo de abraço, mergulho para depois experimentar.

Coisas do fim dos 80's ...

E aí veio a dupla Al Ries e Jack Trout com MARKETING DE GUERRA dedicando sua obra à ninguém menos que Karl Von Clausewitz - 'um dos maiores estrategistas de marketing que o mundo já conheceu'.

Será que são válidos até hoje (eram válidos então?)?

Princípios defensivos de guerra de marketing -

1. Somente o líder de mercado pode atuar na defesa.
2. A melhor estratégia de defesa é a sua coragem para atacar.
3. Os fortes movimentos competitivos devem ser sempre bloqueados.

Princípios ofensivos de guerra de marketing -

1. A principal consideração é a força da posição do líder.
2. Encontre um ponto fraco no líder d mercado e ataque esse ponto.
3. Lance o ataque sobre a frente mais estreita possível.

O livro se baseia nos escritos do general prussiano von Clausewitz On War, uma obra prima utilizada nas principais academias militares do mundo.

Advogando que a empresa deveria estar mais orientada para o concorrente em função da necessidade vital de um planejamento estratégico, o cliente não poderia mais ser o foco principal da abordagem do marketing.

E a dupla fulmina sua justificativa com:

O planejamento estratégico se tornará cada vez mais importante. As empresa terão de aprender como atacar pela frente e pelos flancos sua concorrência, como defender suas posições e como e quando fazer guerrilha. Precisarão de melhor inteligência sobre como prever os movimentos competitivos.

E voce, o que acha dessa abordagem?

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