Muito barulho por nada
Dá pra fazer mais propaganda?
Dá pra dar mais desconto?
Dá pra baixar os preços?
Dá pra bonificar?
Hoje vivemos sob o imperativo do barulho. Quanto mais ensurdecedor ...
É pressão externa, interna, de cima, de baixo, dos lados. E temos que fazer o nosso negócio (somos co-responsáveis, mesmo não sendo donos) andar para a frente, conquistar, ampliar margens, crescer em produtividade, lucrar, lucrar, lucrar ...
E no meio dessa fritura toda, vem a equipe de vendas com as fórmulas mágicas, solicitações mascaradas, pedidos exagerados, manipulações sem fim ...
Não se engane - eu sou da área de vendas. Dou aulas de vendas. Me identifico com vendas. Mas a grande maioria de nossas forças (deveríamos dizer fraquezas?) comerciais fogem na tangente de suas responsabilidades por caminhos inócuos e vazios!
Onde está nosso diferencial? Como criamos valor? E o nosso atendimento? E os planos e a estratégia?
Há claramente uma luta inglória no mercado. Quanto mais ampliamos os decibéis e os investimentos para conquistar e atrair consumidores, mais provocamos a concorrência num círculo vicioso e pernicioso para nossas próprias empresas e concorrentes.
A saída está em não se lutar nesse campo infestado e sangrento, e sim buscar novas oportunidades em novos mercados. Devemos sair dessa arena. Não está mais em jogo quem grita mais e melhor. Também de nada serve chamar a atenção primeiro - o passado fica obsoleto muito rapidamente.
Há um novo desafio para os vendedores e marqueteiros: criar mercados! Este é o seu imperativo hoje!
* Foto de encenação da peça de Shakespeare Much To Do About Nothing - Muito barulho por nada.
Volney Faustini escreve às terças-feiras.
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