Espicaçando o Marketing

Em tempos bicudos, de transformações e mudanças, há que espicaçar. Quem pode espicaçar? Todos e cada um que tem um mínimo de discernimento do presente e sabem que à semelhança do que aconteceu com o Titanic, não tem sentido continuar tocando na orquestra.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Pense ........... da caixa!


Minha admiração pelo Professor Pardal remonta aos anos de minha infância. Creio que ele foi uma influência na prematura escolha pelo científico (colegial de exatas para os mais moços). Só que a Química e a Física berraram mais alto, e com o susto, fui para outras paradas.

Mas permaneci ligado às novidades, à criatividade e ao aprendizado. As palavras do mestre Peter Drucker têm me servido como guia em minha missão corporativa: a Inovação é o abandono sistemático do passado. Tanto é que tenho me dedicado ao tema nestes últimos dez anos, ou mais.

Ao olhar a Inovação pelo lado Corporativo, cheguei a definir como a Empresa dominando os vários canais e instrumentos de marketing, visando maior intimidade com seus clientes.

Hoje uma rápida passada na livraria Cultura faz você perceber que o tema INOVAÇÃO está na pauta e assim permanecerá por mais uns anos. Até virar panacéia como fizeram com o CRM e outras siglas e temas administrativos. Esvaziam o seu conteúdo e a empresa quando embarca, sai dela pior do que quando entrou.


Mas enquanto o tema fica na nossa agenda, deixe-me compartilhar o livro acima, que ainda não li, mas que gostei (bastou ‘folhear’ no Amazon). É o inverso do ‘pensar fora da caixa’. O livro retrata que muitas vezes abandonamos prematuramente a saída que existe no ‘ambiente fechado’ e queremos buscar algo muito distante da solução mais simples.

O livro chama-se The Houdini Solution – Colocando a Criatividade e a Inovação para trabalhar ao se pensar dentro da caixa.

Destaco a chamada do capítulo 9: Houdini não inventou a mágica, ele a re-inventou.

A Inovação tem que ter esse aspecto prático da re-invenção: trazer algo de valor para o cliente, torná-lo mais próximo e mais fiel. Tem que trazer algum resultado positivo: pode ser numa experiência positiva, pode ser numa economia, num ciclo de tempo que se diminui, enfim – que o cliente perceba como vantagem ou valor adicionado.

Por isso marqueteiros de nosso Brasil verde-amarelo e varonil, vamos colocar nossas barbas de molho e prestar mais atenção à Inovação!

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Para refrescar nossa memória (parece que tem ou passou um filme sobre ele recentemente), Houdini foi um dos grandes ‘performers’ como ilusionista e aceitando desafios de fuga de situações de total aprisionamento (em malas, caixas, algemado e acorrentado). Ele era o mestre das escapadas, não importando quão forte e meticulosamente ele estivesse algemado. Morreu de uma peritonite aguda, no leito do hospital, e não de acidente por causa de uma de suas performances (como a lenda urbana nos faz acreditar).

É isso aí – Marketing também é cultura!