Memória e Recall
Como podemos comunicar bem, e ao mesmo tempo atuar nas mentes e corações de nossa audiência (evitando, é claro, de chamá-los de público alvo).
Parece que o pessoal de San Francisco nos USA desenvolveu uma maneira de ir direto ao ponto. Há uns 10 anos atrás fizeram uma pesquisa nos bairros de Perdizes, Pompéia e Sumaré, com os moradores para se saber o que mais incomodava. Não era a violência - era a bosta dos cachorros (não eles - mas o que eles faziam nas calçadas).
A chave é educar de maneira que todos entendam. E se lembrem. No Canadá, em Vancouver para ficar na certeza, me dizia ilustre visitante, se não recolher o que o cachorro sujou, a multa é de $100 (o dolar canadense é praticamente igual ao americano). Às vezes a multa faz a gente lembrar melhor.
E por falar em recall visual, leio na Folha - caderno Mais:
Nelson Brissac conta que, numa de suas vindas a São Paulo, Jean Baudrillard pediu para rever "uma bunda" que o encantara em visita anterior. Nenhum monumento oficial marcara o filósofo, mas um enorme painel que ficava no largo do Arouche, uma publicidade sabe-se lá para que, pois as bundas vendem qualquer coisa.
Encalacrado nos engarrafamentos ou desviando o olhar por uma janela mais elevada ou ainda andando pelas ruas, depara-se com a fantasia dessa imagens. Curiosamente, elas ficam na memória mais do que os próprios produtos anunciados. Isso, porém é problema de marqueteiros e publicitários.
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