Curtas de Terça
Há um programa na AXN (na minha TV é o 2764 Banda C interlock Médio) onde os três protagonistas interagem com o diretor de cena, respondendo a desafios de encenação espontânea. Não dá para combinar, não dá para pesquisar, não dá nem tampouco para pensar. Eles simplesmente começam a criar do nada. Fazem escada e são espertos para pegar as deixas uns dos outros. Apesar da tradução legendada, mesmo quem não acompanha o inglês entra no espírito da coisa.
É o teatro do IMPROVISO. Em inglês é improv .
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Quando muito jovem, participei de um treinamento evangelístico na minha igreja. Deveríamos sair nas praças e nos arredores da igreja, distribuindo folhetos que tivessem uma mensagem de salvação e de como – nós pecadores – poderíamos chegar aos Céus.
De uma pilha de folhetinhos dobrados, 7 x 11, escolhi aquele que dava mais impacto. Na frente em tintas vermelhas estava escrito: O que fazer para ir para o inferno. O sujeito abria o folheto e a pagina estava em branco. Quase sempre com uma cara bem espantada, ele se voltava para mim e dizia: “Nada!!?”
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O Teatro Improv ganha espaço nos palcos. Um dos grupos de Nova Iorque chama-se MOTHER (você tem que comprar seu ingresso ntecipadamente). Eles se apresentam na abertura da sessão, acatando a primeira sugestão de tema gritado pelo público. E a partir daí em meio ao caos e à criatividade fazem um espetáculo de dobrar de rir. Cada noite é uma peça diferente. Sem scripts, sem roteiros.
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No começo do Telemarketing no Brasil, pesquisávamos o jeito ‘certo’ de se criar o diálogo com o cliente, através de scripts cuidadosamente elaborados. Treinávamos os operadores numa abordagem educada e simpática. Era o tal do ‘canned speech’ (fala enlatada). Não durava duas ou três horas. Os operadores eram literalmente obrigados a improvisar e desenvolver novas falas. Os supervisores então desenvolviam novos scripts alternativos, sabendo que nunca seriam suficientes. Cada cliente era um novo cliente, e um novo diálogo.
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Garrincha – o mago dos dribles, participa do briefing com Feola, seu técnico alguns minutos antes do jogo internacional. Feola insiste mostrando com gestos e de pé dançando ao redor de uma bola imaginária: “Garrincha, quando o John que é seu marcador cair pela sua direita, force duas vezes pela esquerda e depois dê um drible pela sua direita.”
“O senhor combinou isso com o gringo também?” retrucou nosso astro das pernas tortas.
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Meu sobrinho pede um livro de citações de marketing de Natal. Respondo para ele que vou lhe dar um livro melhor. Preparo uma capa especial: Conselhos de Marketing para meu Sobrinho. Ele abre efusivamente o livro. Todas as páginas em branco!
2 Comments:
Homens de preto e páginas em branco.
Precisamos de um pouco mais de colorido por aqui...
Fábio
PS : se bem que eu adorei a idéia do folheto
Duas coisas:
Primeiro que é possivel que o luto venha do fato de tentarmos ser coloridos demais, ao invés de sermos simples e objetivos.
E a outra ... ih ... me deu branco!
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