Venha espicaçar conosco
Espicaçando o Marketing
Existem algumas palavras esquecidas na língua portuguesa que, de tempos em tempos, aparecem de volta em um texto inteligente, numa fala incomum, numa situação inusitada. O verbo espicaçar é uma delas e surgiu numa troca mensagens entre alguns amigos marketeiros que eu tenho, num projeto de discussão séria e conceitual sobre o marketing.
Para lhes poupar o trabalho de ir buscar um dicionário, aí vai a definição : Espicaçar, segundo consta no Houaiss é 1- furar muitas vezes e em muitos lugares; 2- furar repetidamente ou picar com instrumento agudo; 3- tornar aceso, vivo, desperto, atiçar; 4- infligir mágoa, sofrimento a alguém,afligir, magoar, torturar.
Há um dito que afirma que pessoas inteligentes falam sobre idéias; pessoas comuns falam sobre coisas; pessoas medíocres falam sobre pessoas (tentei encontrar o autor da frase, mas não achei, se você souber, me avise).
Acreditamos que o marketing atual está muito preso a discussões sobre pessoas (os marketeiros) e fatos (sempre remoendo os cases que se repetem ad nauseam) e, por isso, começamos a discutir uma forma de voltarmos a ter debates mais conceituais que nos permitam praticar um marketing de mais qualidade e que seja efetivamente ético.
Nossa idéia é a de ter um espaço em que as idéias prevaleçam sobre o achismo. O início desse movimento (se é que esse é o melhor nome para o que estamos fazendo) foi o de criar um blog aberto a esse tipo de discussão, cujo nome é exatamente “Espicaçando o Marketing”. Outras ações e atividades foram pensadas e estão em fase de planejamento operacional. Em breve vamos falar a esse respeito.
A acepção de espicaçar que escolhemos é a de tornar aceso o debate e não simplesmente atirar pedras para todos os lados, mesmo porque, sabemos que o nosso telhado também é de vidro e a nossa prática está sujeita a sucessos espetaculares e desastres catastróficos, logo a acepção de infligir mágoa a alguém está descartada.
Por enquanto somos 5 (nem 3 por que não somos mosqueteiros, nem 4 porque não somos cavaleiros apocalípticos) : eu, Alexandre Chumer, Carlos Pougy, Marcelo Perrone e Volney Faustini. Uma boa amostragem do marketing com idades variando de menos de 30 a mais de 60 anos e experiências bem diversas.
O espaço é aberto, mas não é a casa da sogra, parceiros serão bem vindos, engraçadinhos serão desconsiderados. Você sempre é bem vindo.
3 Comments:
É por ai mesmo, Fábio, realizar o diálogo e a discussão de idéias - porque no Marketing não se pode ficar parado.
E usar os diversos sentidos do espicaçar só ajudará a vermos e encararmos a questão de diferentes ângulos com abordagens novas. E quem sabe antecipamos o futuro que já nos alcança!
Parabens pela iniciativa. Já está nos favoritos!
Fábio,
Sua colocação é perfeita!
Mas receio que esse fenômeno não seja só do marketing. É a pedagogia da aula teórica contra a pedagogia do trabalho em grupo. Acredita que essa segunda seja o método de ensino dos idiotas.
Nada contra trabalhos em grupo, mas quantas vezes você já não assistiu alguma aula de marketing onde o professor deliberadamente evita dar teoria, para não tornar as coisas mais chatas, e por isso dá um case aqui, um trabalho em grupo acolá...
Não só em aulas de marketing, é claro.
Eu, que estou em agência (não sei onde vocês estão) percebo esse fenômeno até na relação com o cliente. Quantas vezes já não dei embasamentos teóricos à projetos, totalmente ignorados pelo cliente?
Estarei sempre lendo vocês!
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