Espicaçando o Marketing

Em tempos bicudos, de transformações e mudanças, há que espicaçar. Quem pode espicaçar? Todos e cada um que tem um mínimo de discernimento do presente e sabem que à semelhança do que aconteceu com o Titanic, não tem sentido continuar tocando na orquestra.

terça-feira, outubro 17, 2006

Abraçando o mundo


WARNING!!
Se você tem complexos ou baixa auto-estima, não leia e nem clique nos links. É de dar inveja para os meros mortais estudiosos e estudantes (apaixonados e apaixonantes) do Marketing Direto - e por que não, por tabela do novo marketing.

É isso mesmo notícias de SAN FRANCISCO! Congresso da DMA06 (a ABEMD americana - he he), com lots, lots of brazilians friends.

Não é para ficar com dor de cotovelo?

Cheguei antes das 8:00 no escritório e começo a pegar os emails. O Fábio me lembra do congresso DMA e que o Fabiano Coura está blogando. Em seguida vem a mensagem do Luiz Buono lembrando o nosso grupo que a Fábrica está blogando (Marisa, Carol e o Luiz).

Muito rico e muito interessante. E várias fotos com a turminha amiga do 'nosso' meio.

Você pode tanto acompanhar, pegar testemunhais de lá, resumos ... e mais pegar os links de algumas das palestras e/ou suas apresentações... TUDO DE GRÁTIS.

O que voce está esperando? Seus problemas acabaram!! Clique já!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Vendedor que morde!


Você compraria alguma coisa de um vendedor pit bull? E na sua empresa, você acha que realmente é uma boa idéia ter vendedores pit bull?

Às vezes uma aparente sacada genial é um tiro no pé. Construir a casa sobre a areia não é sábio – lemos nos Evangelhos. E para mim, essa ênfase de resultados a qualquer custo é construir o futuro sem bases sólidas.

Estou sempre sintonizado nas novidades e práticas de vendas. E fiquei chocado ao me deparar com o livro Vendedor Pit Bull (e agora seminários, kit, camisetas, posters, franquia de pet shop ...).

Com toda a franqueza que o momento exige, essa ênfase em ser cachorro bravo para vender – faça-me o favor. Estamos em que época??

O título, a frase de efeito, pode até criar impacto – mas além de gerar interpretações dúbias é de extremo mau gosto! E mais - é uma volta ao passado.

Há uns bons anos atrás, o telemarketing estava engatinhando. Ainda não havia essa proliferação de linhas fixas instaladas (e muito menos celular!). O mercado estava razoavelmente inexplorado nas novidades – a demanda era razoável forte por consumo. Confesso que operei agressivo no telemarketing ativo. Parte da minha ‘boa’ reputação vem daí.

O ambiente até justificativa um marketing de vendas caçador. Era a estratégia do ‘dar a porrada e tomar o cheque’. Era quase que obrigação mudar a cultura de consumo na base da dominância do vendedor sobre o comprador.

Mas daí veio o Código de Defesa do Consumidor, a globalização, a internet, o excesso de produção ... blá, blá, blá! Os tempos MUDARAM.

Apesar disso, muitas operações de telemarketing ainda hoje mantém a fórmula do passado. Infelizmente!

Quando se fala em pit bull, me vem à mente a figura de um cachorro feroz. Que não pode ser contrariado, provocado, rechaçado... As analogias são muitas, porém longe de aspectos civilizados e educados.

Na wikipedia lemos que

“Hoje em dia o Pit Bull é muito pôlemico. É constante o noticiário de ataques de
cães desta raça no Brasil.”

E também que


“como resultado, o termo pit bull é hoje pejorativo e instimula o medo no
coração de muitos.”
Numa saudável discussão sobre o termo em nosso grupo de marketing direto pela internet, tivemos alguns colegas que realmente defenderam os vendedores do tipo pit bull. Descontadas as generalizações – percebemos que os argumentos eram mais favoráveis à pró-atividade, disciplina e persistência como parte de um perfil desejado em vendas. E até mesmo o aspecto da forte personalidade de um vendedor diante de um gerente inábil.

Aprendamos no entanto, com o que aconteceu nos Estados Unidos que abusou da prática invasiva e no final o Congresso de lá, mandou ver uma lei federal chamada DO NOT CALL LIST.

O motivo: impedir que vendedores cachorros mordam o cidadão comum.

quarta-feira, outubro 04, 2006

A Igreja do Cliente


Nesta segunda estava tomando café com um amigo, e por força do momento – após falarmos sobre o resultado das eleições, estávamos comentando o choque do vôo 1907 da Gol e o Legacy. Ele costuma ir à Manaus, e é óbvio que o acidente chocou a todos nós e mais ainda a quem se serve daquela rota.

Ontem (terça-feira) recebo a tradução completa do artigo do jornalista do New York Times. É um artigo histórico de um sobrevivente. Compartilhei com alguns amigos via email. Não demora muito, o mesmo artigo já está postado em diversos saites e na TV assisto à noite, a leitura de extratos do artigo no jornal da Record.

Na era da informação e do conhecimento é assim que os assuntos, temas do momento e notícias de relevância viajam. É claro que lendas, boatos e mentiras também pegam carona. Mas com o tempo elas desaparecem.

Essa espontaneidade e volatilidade de uma informação (pode ser um artigo, ou mesmo uma notícia) e o que se agrega a ela, tem uma força ainda a ser mensurada.

Destaco hoje, aqui no Espicaçando o blog Evangelistas do Cliente (em inglês). São dois autores – Ben McConnell e Jackie Huba, que já postam há mais de seis anos, no blog que eles chamam d'A Igreja do Cliente. A conclusão dos dois é bem interessante para o nosso debate recorrente. Eu traduzo a seguir:

“A comunicação espontânea – o chamado boca a boca é fundamental para o marketing interativo, que suplanta a pratica tradicional de comando e controle, que
insiste: ‘Nós somos a Empresa. Aqui está a mensagem. Agora consuma.'

É a abordagem do Colégio Interno. Cale a boca e limpe seu prato.”